Outubro Rosa Pet faz ação para combater câncer de mama em cadelas e gatas
O “Outubro Rosa”, movimento nacional de combate ao câncer de mama, também tem sua versão para o mundo pet. Na sua segunda edição voltada para animais de companhia, a iniciativa já reúne donos de animais de estimação e médicos veterinários de uma série de cidades do país, entre elas Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador.
A campanha nacional, idealizada pelo Laboratório de Patologia Comparada da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pela Associação Brasileira de Patologia Veterinária (ABPV), busca conscientizar os donos sobre os fatores de risco e necessidade de prevenção do câncer de mama em cadelas e gatas.
A neoplasia de mama é considerada o tumor mais frequente nas fêmeas de cães e gatos. “Assim como nas mulheres, a detecção dos tumores de mama em pets é realizada por meio do exame periódico de inspeção e palpação de nódulos na glândula mamária”, explica a professora Alessandra Estrela Lima, coordenadora da campanha na Bahia.
Essa avaliação, explica a professora, pode ser realizada pelo proprietário a partir do Toque Amigo, que consiste na palpação minuciosa de toda extensão da glândula mamária do seu animal. Leia mais sobre o tema neste artigo que publicamos.
O dono dos animais devem ficar atentos a alguns sinais que podem indicar a existência do câncer. No caso de aumento do volume da glândula mamária, feridas que não cicatrizam ou nódulos na região das mamas, a recomendação é procurar logo um médico veterinário para fazer avaliação e os exames necessários.
As medidas preventivas incluem a inspeção rotineira da glândula mamária do seu animal (Toque Amigo) independente se fêmea ou macho; a não utilização de anticoncepcionais (progestágenos), pois estas substâncias sabidamente podem induzir a formação de tumores mamários benignos em cadelas e gatas com posterior transformação maligna; o fornecimento de uma dieta balanceada; e a castração eletiva.
O tratamento para o câncer de mama em cadelas e gatas é cirúrgico, por meio da retirada da glândula, informa Alessandra. “O tipo de cirurgia a ser realizado dependerá do tamanho da lesão, da sua localização e da drenagem linfática. Contudo, nos casos de inflamação e tumor invasivo, este procedimento não é indicado”, esclarece a especialista.
Segundo ela, em gatas, o exame deve ser realizado mais vezes, pois o índice de reincidência (quando o câncer volta a crescer no local onde originalmente ele foi retirado) e disseminação é alto. A professora esclarece que os métodos alternativos como a radioterapia e a hormonioterapia são pouco utilizados na Medicina Veterinária.
(com informações da CFMV)