Esporotricose Felina: doença transmissível ao homem
A Esporotricose é uma zoonose, ou seja, uma doença que pode ser transmitida dos animais para os humanos, causada por um fungo chamado Sporothrix Schenckii, que encontra-se na natureza, sendo de fácil acesso para pessoas que trabalham com terra como jardineiros e pedreiros, contraírem.
Esse fungo precisa de altas temperaturas e umidade para se replicar, apresentando maior número de casos de Esporotricose nas regiões tropicais e sub-tropicais.
A transmissão é feita quando o fungo penetra na pele através de uma inoculação, seja acidental ou traumática. No caso dos animais, o fungo fica escondido sob as unhas e na região do nariz e boca, e assim como no caso da contaminação da terra, um simples arranhão ou ferimento já é suficiente para que haja inoculação.
Os sintomas mais comuns nos gatos são as lesões na pele, que costumam ser graves principalmente na região da cabeça e nas extremidades das patinhas. As feridas causadas não causam dor e nem coceira, entretanto não saram facilmente, apenas com uso de pomadas. Além disso outras regiões podem estar acometidas, como os pulmões, ossos, mucosas, sistema nervoso e as articulações, o que pode vir a ocasionar febre, fraqueza e anorexia.
Apesar da doença ser mais corriqueira nos gatos, os cães e os coelhos também podem transmiti-la através de arranhaduras. Para estes bichos e para o homem ocorre o aumento dos linfonodos (gânglios), o que não costuma ocorrer nos felinos.
O tratamento da Esporotricose é extremamente delicado e pode demorar meses para atingir a cura. Para isso, são administrados antifúngicos orais e antibióticos. Infelizmente nem todos os animais reagem bem ao tratamento e com isso, é normal que o gatinho acabe transmitindo a doença para seu dono. Desse modo, gestantes e crianças devem ficar afastadas pois são mais suscetíveis a complicações.
Algumas outras doenças podem causar lesões semelhantes, como alergias alimentares, sarnas e a criptococose, por isso, ao levar seu pet ao médico veterinário, a partir das informações que ele irá coletar (como o histórico de brigas e o acesso à rua), alguns exames serão pedidos, entre eles, os exames de citologia, cultura de fungos e biópsias de lesões.