Cães em miniatura ganham espaço, mas exigem muitos cuidados
Expansão urbana, com o predomínio de prédios residenciais; menos espaço nas casas brasileiras; e mais facilidade para cuidar devido à correria do dia a dia. Esses são fatores que não limitam o interesse do brasileiro em ter um cão como animal de estimação. Muita gente vem driblando essas barreiras com a escolha de cachorros de raças miniaturas como companheiros.
A estimativa é que mais da metade da população canina do país, da ordem de 37,1 milhões animais, seja composta por cães de pequeno porte, com até 10 quilos. Nesta relação, as raças de cães muito pequenos, com até quatro quilos, respondem por mais de 40%, exibindo crescimento superior a 18% por ano. Animais de raças como Pinscher, Chihuahua, Dachshund, Shih-Tzu Maltês e Matipoo, por exemplo, são boas dicas para quem mora em apartamento.
Ter um cão em miniatura não significa, no entanto, que o trabalho seja fácil. Embora vivam mais que os cães de grande porte, estes pequenos animais exigem um cuidado muito especial. Um ponto principal para garantir a saúde desses pets é cuidar muito bem da sua alimentação, uma vez que eles têm necessidades específicas.
A receita principal, de acordo com os veterinários, é dar uma alimentação que garanta a eles muita energia, mas num volume reduzido por conta do tamanho do seu estômago. Por isso, eles comem pouco. Outro cuidado é com a saúde dos cães em miniatura, que podem viver, em média, 14 anos. A partir dos oito anos, com os sinais de envelhecimento, o risco de doenças cardíacas aumenta. Por exemplo, o sopro cardíaco é bem mais nas raças pequenas do que nas grandes.
Os cães em miniatura estão muito sujeitos a terem problemas de cálculos urinários, uma vez que costumam beber pouca água. Isso faz com que ocorra uma maior de concentração de minerais, uma das causas para a formação de cálculos urinários. Outro problema verificado é a constipação intestinal por conta do baixo nível de exercício físico.