Veterinários no ritmo de Olimpíadas Rio 2016
O Brasil entrou na contagem regressiva para o início das Olimpíadas de 2016. Daqui a um ano, atletas de todo o mundo participarão das competições no Rio de Janeiro (RJ). A preparação inclui eventos para testar a estrutura que vai receber as provas. A participação dos profissionais da Medicina Veterinária no evento-teste garante a saúde, bem-estar dos animais e cumprimento das normas sanitárias exigidas.
Até domingo (9), será testada a operação para as competições de Hipismo no Centro Equestre Olímpico em Deodoro. Ao todo, 20 animais, todos brasileiros participarão da competição. A responsável técnica pelo evento-teste, designada pelo Comitê Organizador do Rio 2016, é a médica veterinária Juliana Freitas. A profissional é encarregada de supervisionar as atividades de assistência aos animais desenvolvidas durante a competição.
De acordo com o Comitê Organizador, além dos médicos veterinários brasileiros que participam da organização, o evento-teste em Deodoro conta também com médicos veterinários estrangeiros atuando como voluntários. A Resolução CFMV nº 1037/2013 autoriza o exercício profissional temporário dos médicos veterinários estrangeiros participantes dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.
A norma prevê que o Comitê Organizador formalize, ao CRMV/RJ, as informações dos profissionais estrangeiros, como nome, país de origem, responsabilidade dentro da equipe, documento que comprove a regularização da atividade profissional no país de origem e documento expedido pelo Ministério da Agricultura que comprove que as exigências sanitárias para o ingresso dos animais no Brasil foram cumpridas.
Exigências sanitárias
“Trata-se de um dos mais importantes eventos mundiais, onde a participação de animais no esporte necessita de suporte e atenção dos médicos veterinários. A preparação física dos animais merece cuidado especial em termos de alimentação, ambiente de treinamento, área de competição e, também, a proteção da saúde dos animais que participarão das competições”, ressalta o presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária, Benedito Fortes de Arruda.
Para ele, além disso, é preciso resguardar a saúde dos animais brasileiros, não só aqueles que participarão das competições, mas também do nosso rebanho equídeo. No ano que vem, mais de 300 cavalos viajarão ao Brasil em aeronaves exclusivas para competir nas provas de hipismo. Além de garantir o cumprimento de todas as exigências sanitárias para a entrada dos animais no país, o médico veterinário também atua para garantir que os cavalos tenham alimentação adequada e que nada comprometa o bem-estar dos animais durante a viagem.