Home Artigos Presença de cães nas areias das praias em questão

Tudo bem que no Inverno ir à praia torna-se uma prática menos frequente, mas no Rio de Janeiro ela é quase inevitável. E, juntos com seus donos, os cachorros também curtem muito o passeio à beira-mar. Só que a combinação cães e areia carrega uma boa dose de perigo, tanto para os animais quanto para os seres humanos, sobretudo nesta época mais fria do ano.

Por aqui, a Ordem Pública da Prefeitura do Rio proíbe a presença dos animais nas areias das praias. Apesar da proibição, os banhistas costumam quebrar as regras municipais. No último final de semana, o serviço apreendeu sete cães nas praias cariocas. Na internet, circula uma petição que busca uma alternativa para que os cães também tenham seu lugar ao sol.

Risco de doenças

A medida da Prefeitura busca evitar doenças provocadas pela contaminação da areia pelas fezes dos animais. O contato com a areia contaminada por fungos ou por algum outro tipo de parasita pode provocar doenças graves, como a Toxoplasmose.

“No inverno, essa situação pode ser pior porque sem o sol os parasitas ficam viáveis por mais tempo”, alertou o infectologista Edmilson Migowisk, em entrevista ao jornal RJ TV, da Rede Globo.

Nem só as fezes carregam o risco de provocar doenças. Larvas e vermes de cães também são ameaças. Um caso é o chamado “bicho geográfico” que penetra na pele da pessoa gerando uma intensa coceira.

Legislação

No Rio de Janeiro, a restrição de cães nas areias das praias é estabelecida pela resolução 451, da Secretaria de Segurança Pública. A legislação proíbe o trânsito e a permanência de animais na praia visando a saúde pública, uma vez que os dejetos do cão podem transmitir doenças às pessoas.

O objetivo da legislação é garantir a integridade física e a saúde da população. Para quem desrespeita as regras, nunca é demais lembrar que levar o cão à praia é contra a lei. No entanto, ela não impede o trânsito dos animais nos calçadões e vias públicas, desde que usando coleira e guia.

Um caminho possível, razoável para evitar que os banhistas descumpram a legislação em vigor, é criar áreas específicas nas praias, ou pelo menos em algumas delas, para garantir a presença dos animais. E, para isso, é preciso travar um diálogo inteligente.

Petição pública

Contra a proibição da presença de cães em todas as praias da cidade, circula na internet uma petição pública que busca abrir o diálogo com a Prefeitura para permitir a presença dos animais em algumas praias. A petição também é destinada à Câmara dos vereadores e ao governo estadual.

A ideia da petição pública, já assinada por cerca de 300 pessoas, pede “a liberação de uma das praias da cidade, ou de uma faixa de areia delimitada em algumas praias” para o trânsito dos donos com seus cães.

No exterior, já é comum ter praias que permitem a presença dos animais nas areias. Isso acontece, por exemplo, no Reino Unido, nos Estados Unidos e no Canadá. Na Califórnia (EUA), uma série de praias tem área destinada a banhistas e cães, o que ajuda a movimentar o turismo Pet-friendly, ou seja, amigável ao cão.

Clique aqui para assinar a petição

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