De olho na obesidade: doença grave atinge cães e gatos
A obesidade tornou-se um problema de saúde muito frequente entre os animais de estimação. Segundo uma pesquisa da Associação Médica Veterinária Americana, 40% dos cães dos Estados Unidos estão sobrepeso. Já no Brasil, o índice é de cerca de 30%, um valor preocupante.
Fator de risco para o animais, ocasionando problemas respiratórios, cardiovasculares e dores nas articulações, a obesidade está ligada além da predisposição genética, à má alimentação, castração e ao sedentarismo, e muitas vezes, os principais culpados por isso são os donos, que refletem seus costumes nos bichinhos.
Saiba o que dizem os especialistas sobre os erros cometidos pelos donos de pets obesos e como mudar de atitude:
Má Alimentação:
Um erro comum é oferecer refeições desbalanceadas e abusar dos biscoitos e bifinhos, que são demasiado calóricos. Apenas um ossinho contém 90 calorias, o que corresponde a quase um terço das necessidades diárias de um poodle médio, por exemplo.
É importante relembrar que se o dono não tem tempo ou condições de seguir à risca uma dieta saudável, a ração é a melhor opção, pois oferece todos os nutrientes que o cão e gato precisam. Entretanto, até ela deve oferecida na quantidade recomendada pelo fabricante, especificada no rótulo.
Sedentarismo
Entre os gatos, o principal fator da obesidade é o sedentarismo. O animal acompanha o estilo de vida do dono, e estes passam cada vez mais tempo dentro de casa.
O interessante neste caso é que se o dono não tiver tempo para passear com o animal, contrate alguém que faça esse serviço ao menos três vezes por semana.
Para os cães existem empresas que oferecem trilhas ecológicas, aulas de natação e esteira. Para os gatos domésticos, que é um pouco mais complicado visto que eles dormem em média dezesseis horas por dia, o ideal é criar situações que os estimulem a se deslocar, como espalhar bolinhas ou novelos de lã pela casa.
Castração
Cães e cadelas castrados apresentam o dobro da possibilidade de se tornar obesos. A castração para as fêmeas inibe a produção de hormônios do apetite. Já para os machos, interrompe a produção dos hormônios andrógenos, responsáveis por instiga-los a se movimentar. Com os gatos, em geral os machos são mais afetados por questões metabólicas, e o risco de se tornarem obesos é cerca de quatro vezes maior.
É essencial que o animal siga uma dieta e seja estimulado a se exercitar. No mercado, já existem rações para animais castrados, que contém menor teor calórico.
Predisposição Genética
Algumas raças, como Labrador, Golden Retriever, Collie, Cocker Spaniel, Beagle e Dachshund, têm predisposição a engordar, pois passam por alterações nos hormônios que controlam a saciedade, como a leptina, produzida pelas células adiposas. Já para os gatos, a maioria dos que sofrem com a obesidade pertencem às raças domesticas, especialmente as de pelo curto.
Para essas raças, a alimentação correta deve começar desde cedo pois o filhote que come mais do que precisa, produz mais células adiposas, que é um facilitador da obesidade na fase adulta.