O duro treinamento para cães farejadores
Quem vê na televisão a ação deles junto com a polícia no combate ao tráfico, não imagina o trabalho que dá para deixar um cão farejador de drogas em ponto de bala. Para que fiquem prontos para fuçar entorpecentes em alfândegas, aeroportos, rodoviárias ou comunidades, tudo começa quando o animal tem dois meses de vida.
No entanto, o treinamento inicia de fato quando o cão completa um ano de idade, durando cerca de dois meses. O preparo para achar drogas, porém, exige antes que se faça um trabalho de socialização e ensinamento dos comandos básicos para que o cão obedeça as ordens dos policiais.
Somente após realizada esta parte do treinamento é que o cachorro tem contato direto com o cheiro da droga, que ficam acondicionadas em materiais, como mangueiras ou tudo PVC, que simulam brinquedos com os quais costumam se divertir.
Os brinquedos, depois de os animais se adaptarem ao cheiro dos diversos tipos de drogas, são escondidos, sendo misturados com outros odores, como o de cebola ou pimenta, na tentativa de disfarçar a existência das drogas.
Para incentivar o animal, o treinador costuma fazer elogios a cada vez que o cão encontra a substância. São ensinados ainda os alertas que podem emitir quando encontram alguma droga, que envolve morder o produto que achou ou latir para suspeitos.
A última etapa do treinamento é o trabalho de campo, nos lugares de ocorrências. Com isso, busca-se acostumar os animais com o movimento local. Um cão farejador costuma, em geral, tem um tempo de serviço de cerca de 10 anos.
Neste tipo de atividade, o destaque fica com os cachorros das raças Labrador, Golden Retriever, Pastor Alemão e Pastor Belga Malinois. Eles têm como vantagem o faro muito apurado em função das mais de 200 milhões de células olfativas que possuem. Numa comparação, os serem humanos têm apenas cinco milhões delas.