Dirofilariose em alta no litoral do Rio de Janeiro
Praia e calor é a combinação perfeita para aqueles que gostam de clima quente e úmido. No entanto, esse ambiente também é ideal para os mosquitos transmissores da dirofilariose – doença parasitária provocada por vermes que se alojam, principalmente, nas artérias que saem do coração dos cães.
Uma pesquisa recente revela que Cerca de 60% dos animais das regiões litorânes do Rio de Janeiro estão acometidos pela enfermidade, pois as altas temperaturas são adequadas para que as fêmeas de algumas espécies dos gêneros Culex e Aedes se reproduzam.
A doença, popularmente conhecida como “verme do coração”, tem se espalhado por várias regiões do Rio de Janeiro como revela recente pesquisa: 58,6% dos cães da região oceânica de Niterói estão infectados, assim como nos municípios de Armação de Búzios (62,2%), Cabo Frio (27,5%) e Mangaratiba (16,3%).
Importância da conscientização
“O aumento da incidência da enfermidade na região dos Lagos é preocupante e a população precisa se conscientizar sobre a gravidade da dirofilariose. Posso proteger o meu cão, mas o meu vizinho precisa fazer o mesmo, pois seu animal pode se tornar um hospedeiro e fazer com que os cães da região corram risco de contaminação”, explica Marcos André Carrilho Crus, médico veterinário e especialista em clínica médica e cirúrgica de pequenos animais.
A pesquisa, coordenada pela pela Dra. Norma Labarthe, trabalhou com um universo de 1,6 animais em todo o país. No Rio, o trabalho teve também a participação de especialistas da Universidade Federal Fluminense e a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Sintomas tardios
Outro agravante para esse cenário está relacionado aos sinais clínicos da doença, provocada por vermes (Dirofilaria immitis) que se alojam no coração e nas artérias pulmonares dos cães. Os principais sintomas das doenças só aparecem alguns meses após acontecer a infecção.
Entre os sintomas estão tosse, insuficiência respiratória, emagrecimento, cor escura da língua e intolerância ao exercício. O diagnóstico deve ser feito por um médico veterinário, que irá se basear nas informações obtidas junto ao proprietário e nos exames clínicos para diagnosticar a presença da doença.