O trabalho dos cães de serviço
Sempre que aparecem na tela da televisão eles roubam a cena. Seja pelo comportamento, pela inteligência e pela ajuda que oferecem, os cães de serviço fazem a cabeça de qualquer um. O trabalho de ajudar pessoas com deficiência ou doentes (neste caso, são mais conhecidos como terapeutas) fazem esses animais serem queridos por todos. Eles também são chamados de cães de inclusão.
No Brasil, no entanto, o conceito de cães de serviço ainda não é muito conhecido como em outros lugares como nos Estados Unidos e em muitos países da Europa. Os cães de serviço ou de assistência são treinados para ajudar no dia a dia de pessoas com algum tipo de deficiência.
Esse tipo de animal, normalmente, é dividido em três grupos. Os mais conhecidos são os cães-guia, que auxiliam cegos; os cães ouvintes, trabalham com pessoas com deficiências auditivas; e os cães de serviço, que auxiliam pessoas com todos os outros tipos de deficiências, desde autismo até cadeirantes.
Ajuda a cadeirantes
Por exemplo, os cães de serviço para cadeirante são treinados para ajudar em tarefas como abrir e fechar portas, chamar o elevador, trazer objetos como o telefone e o cobertor e inclusive, a chamar outra pessoa na casa em caso de emergência, segundo informação da ONG Cão Inclusão.
Todo o treinamento é personalizado e planejado de acordo com as necessidades e a rotina da pessoa que ficará com ele e o tempo de trabalho desses cães é em média, de seis a oito anos. O cão se torna fundamental na hora em que o cadeirante precisa realizar algo que seria muito difícil de fazer sozinho
Já os cães para autistas aprendem a deitar no chão, impedindo que uma criança saia correndo e fuja. Os cães para diabéticos avisam quando há grandes variações do índice glicêmico através do cheiro que a pessoa exala.
Falta de leis
Os cães de alerta, por sua vez, avisam pessoas próximas quando a pessoa está tendo uma crise de alergia ou epilepsia. E os cães para mobilidade, como é o caso dos cães para cadeirantes, e que são o foco principal da Cão Inclusão, auxiliam na mobilidade e no cotidiano da pessoa.
No Brasil, ainda não há leis que garantam a permanência deles em locais públicos, como ocorre com o cão-guia, mas a necessidade e o benefício que eles trazem à pessoa com deficiência de mobilidade são tão grandes que também merecem um espaço na sociedade.