Coleira antilatido: solução ou mais uma polêmica
A população de cães no Brasil cresce cerca de 4% ao ano, de acordo com projeção da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). E pelos hábitos da vida moderna cada vez mais as pessoas moram em condomínios de apartamentos. Quem tem pet neste tipo de ambiente tem que enfrentar um velho dilema, que costuma provocar bate-boca e muita confusão: o latido, às vezes, renitente dos cachorros.
A solução para tentar minimizar o problema é o uso, apesar de também polêmico, de coleira antilatido. O equipamento é acionado pela vibração das cordas vocais do cão, emitindo um som de acordo com o perfil auditivo do animal. A intensidade do som traz um desconforto para o cachorro, reduzindo, assim, o número de latidos.
A utilização deste tipo de coleira para reduzir o incômodo gerado pelos latidos ainda gera controvérsias. A própria Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária não tem ainda uma posição formada a respeito. Há uma corrente contrária, como fabricantes e entidades protetoras dos animais, por apontar que a coleiras antilatido dão choques nos animais.
Outra polêmica é se o uso deste tipo de coleira ajuda ou não no adestramento dos cachorros, uma vez que alguns consideram que o sinal sonoro equivale a um não para o animal. Estima-se que, em média, 10 dias após iniciar o uso da coleira, o bicho associa a razão da correção sonora a seu latido.
Além de provocar brigas entre as pessoas, o latido dos cães gera polêmicas. Outra prática é a retirada das cordas vocais, medida que é proibida por lei. Este tipo de procedimento, por exemplo, é adotado na Inglaterra. O uso de calmantes nos animais é outra solução, também muito criticada pelos especialistas.
Mas a melhor receita para que o latido seja contido, de acordo com alguns pesquisadores, é dar aos cães uma vida com muita atividade física e carinho. Isto porque, para alguns estudiosos, o latido excessivo quer dizer que o animal tem algum tipo de problema comportamental.
