Home Artigos Entrevistas Na hora do desastre natural, salve também os animais

O que fazer ou priorizar em caso de um desastre natural, se tivesse que abandonar sua casa? Depois de salvar os integrantes das famílias, com 83%, os brasileiros preferem socorrer os animais, com 67%. Os dados são de uma pesquisa da ONG Internacional World Protection que avaliou a percepção das pessoas em caso de uma situação de perigo.

Segundo a pesquisa, 58% dos entrevistados informaram também que, em caso de uma morte inesperada por desastre ou por doença, sentiram a perda do animal como se fosse um amigo ou membro da família. Além do Brasil, a pesquisa foi feita com donos de pet nos Estados Unidos, Índia e Tailândia. Por aqui, 750 pessoas responderam à pesquisa, sendo a maioria proprietária de cães (82%) e/ou gatos (38%).

Dos entrevistados, somente 19% declarou ter um plano de emergência para seus animais em caso de desastres naturais. De acordo com a pesquisa,64% disseram acreditar no aumento da incidência desses acidentes. Noventa e um por cento dos consultados disseram que nunca enfrentaram uma situação de risco.

“Esses dados confirmam o que testemunhamos ao vivo em nosso trabalho com animais em situação de emergência”, disse Rosangela Ribeiro Gebara, gerente de programas veterinários da World Animal Protection Brasil. “Os animais são considerados membros importantes das famílias e das comunidades e também precisam de cuidados especiais no caso de desastres”, completa.

No caso dos Estados Unidos, os dados mostram que cerca de 75% dos donos levariam seus animais. Segundo a pesquisa, 32% dos indianos que moram em Deli já tiveram que deixar suas casas por conta de terremotos. Dos que fizeram isso, 93% salvaram seus animais.

Na Tailândia, para quem vive em Bangkok, 46% das pessoas entrevistadas enfrentaram enchentes. Entre os consultados, 92% levaram seus animais.

No mundo inteiro, os desastres naturais se tornaram mais frequentes. Entre os exemplos, estão os deslizamentos na Região Serrana do Rio de Janeiro, em 2011, e as enchentes em Minas Gerais e no Acre, no ano passado.

“Os animais precisam sempre ser incluídos no plano de contingência em desastres de modo a ajudar as comunidades que deles dependem, a minimizar os riscos de saúde e a mitigar o impacto psicológico de uma população humana já fragilizada e que passará por um longo processo de recuperação”, finaliza Gebara.

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