Vacinação em massa como solução para Raiva animal
Uma estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) dá conta que o mundo inteiro gasta, por ano, US$ 6 bilhões com a Raiva animal. A maior parte dos recursos, no entanto, é desperdiçada com soluções paliativas ou malsucedidas, que levam ao sacrifício desnecessário dos animais.
Para a Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA), a melhor receita é a vacinação em massa por ser mais eficaz. No mundo existem bons exemplos, como o do Peru, que obteve uma redução de 92% da Raiva, com a implementação de um programa multissetorial que incluiu a vacinação maciça de cães, vigilância epidemiológica e educação em guarda responsável.
O Brasil é outro caso de sucesso de controle da Raiva canina e humana por meio do Programa Nacional de Vigilância, Controle e Profilaxia da Raiva, criado em 1973 pelo Ministério da Saúde, devido à organização de campanhas de vacinação em massa de cães e gatos desde 1982. O Programa já beneficiou mais de 25 milhões de animais.
“A Raiva é uma doença esquecida. Muitas pessoas creem que não correm riscos e, no entanto, na Espanha, país que se acreditava livre da raiva havia décadas, há agora a ameaça de um surto da doença”, observa Mike Baker, CEO da WSPA.
Para ele, deve-se encará-la de maneira distinta da atualmente praticada – por meio da matança gratuita e desumana de cães. “A vacinação em massa destes animais é a solução para resolvermos este problema”, acrescenta.
A WSPA e a Aliança Mundial para o Controle da Raiva (GARC, na sigla em inglês) mantêm, por exemplo, acordo para conduzir campanhas de vacinação canina em regiões da Ásia-Pacífico e da África.