Gestão e marketing para medicina veterinária
O médico veterinário está preparado para encarar o mundo dos negócios? Pela experiência do Dr. Marco Antônio Gioso – que se especializou em coaching empresarial voltado para a Medicina Veterinária – , há um número expressivo de profissionais que precisam de ajuda na gestão e marketing de seus estabelecimentos.
Está incluído nesse grupo aquele que não está de olho no mercado, não sabe onde quer chegar, o quanto quer crescer e não faz ideia de como traçar metas e planos a fim de aumentar o faturamento de sua clínica, pet shop, hotel ou loja.
Na sexta-feira, 2 de maio, último dia do 35º Congresso Brasileiro da Anclivepa, realizado nesta semana em Belo Horizonte, Gioso falou para um público formado por médicos veterinários e donos de estabelecimentos veterinários. Diante do olhar atento de uma sala lotada, o palestrante resumiu pelo menos cinco premissas básicas que podem contribuir para o crescimento de uma empresa.
A primeira é conquistar mais clientes e, para isso, o profissional aponta cinco possibilidades: recorrer ao boca-a-boca, às redes de relacionamento social e profissional, à propaganda paga e à publicidade não paga – essa última, segundo ele, é “fazer alguém falar de você ou com você” em veículos da imprensa.
Gioso destaca o boca-a-boca pela importância da credibilidade. Contudo, faz questão de ressaltar a necessária proatividade do veterinário. “Não se pode ter vergonha de abordar um cliente e pedir sua indicação a um amigo ou a um parente”, explica.
Já o relacionamento social com a comunidade é tão importante quanto o relacionamento profissional. “Se você vai a uma festa, leve seu cartão. Um evento pode ser diversão e negócio juntos”, ensina.
Tíquete-médio - A segunda premissa diz respeito ao tíquete-médio da empresa, ou seja, quanto o cliente paga. Segundo Gioso, o profissional deve verificar se há possibilidade de aumentar o tíquete-médio, mas dentro das necessidades reais do atendimento. “Se na consulta o veterinário avalia ser preciso realizar um exame para uma diagnóstico mais preciso, peça sua realização. Acontece de um profissional não solicitar o exame para não pesar na conta a ser paga pelo dono do animal”, afirma.
Atualmente, não há números oficiais relativos ao valor do tíquete-médio. Contudo, baseando-se em suas experiências, o palestrante afirma que R$ 160 é média do tíquete no Brasil. “Nos Estados Unidos, esse valor é o dobro”, afirma.
Frequência de atendimento e criatividade - As últimas duas premissas se traduzem em verdadeiros desafios para os estabelecimentos veterinários: fazer com o que o cliente volte com frequência e pensar em produtos e serviços ainda não oferecidos. Para isso, é preciso criatividade, e Dr. Gioso dá dicas de como isso pode ocorrer.
Ações preventivas em prol da saúde do animal é um exemplo da concepção de um novo serviço . “As clínicas deveriam pensar em fazer campanhas todo mês, principalmente, na época de fraco atendimento. Em uma campanha de cardio, por exemplo, faça eletro em todos os animais”, ensina.
Mais uma oportunidade é na área de odontologia veterinária. O palestrante lembra que 80% dos animais adultos têm doença peridontal. “Essa é uma boa chance de se criar uma nova campanha, a fim de promover a limpeza (nos dentes) dos bichos”, avalia.
Por fim, o palestrante revela a última premissa, que deve ser atentamente observada por quem deseja expandir seus negócios na área veterinária: “é observar as outras quatro premissas e praticá-las ao mesmo tempo”, finaliza Marco Gioso, que, além de acumular os títulos de mestre e doutor na área de Medicina Veterinária, também é formado em Marketing.
(Fonte: CFMV)