Cão-guia: uma ajuda muito bem-vinda
A cena, às vezes, aparece em comerciais de televisão, em filmes ou no cinema, assim como em ruas e avenidas de cidades estrangeiras. Um cão muito bem treinado conduz uma pessoa com deficiência visual. Num país que tem 5,4 milhões de pessoas nesta situação, é muito raro encontrar um cão-guia servindo de condutor e companheiro de uma pessoa cega.
Segundo dados do projeto Cão Guia Brasil, apenas 70 pessoas contam com este tipo de auxílio atualmente. A fila por um cão guia tem cerca de 2 mil pessoas. O projeto foi criado exatamente para tentar, se não reverter, pelo menos melhorar estas estatísticas.
A ideia da iniciativa é, sobretudo, ajudar na inserção social das pessoas com deficiência visual. O projeto treina o animal para depois doá-lo a quem precisa. Além disso, também trabalha na preparação e formação de treinadores e instrutores de cães-guia.
Se não bastasse o trabalho de conduzir e ajudar na locomoção das pessoas, o cão-guia funciona como um grande companheiro. Sua presença contribui e muito para a melhora da autoestima, trazendo benefícios para a saúde do dono.
O trabalho de formação de um cão-guia não é nada fácil, podendo levar de 16 a 21 meses. Tudo começa com uma seleção genética e comportamental do cão. O processo de socialização inicia aos três meses de vida do animal, que vai até um ano de idade, quando se trabalha, sobretudo, a convivência social e o ensinamento de alguns comandos básicos.
O treinamento específico dura cerca de sete meses. Nesta fase, o futuro cão-guia aprende, por exemplo, a desviar de obstáculos, perceber o movimento do trânsito, identificar objetos, encontrar a entrada e saída de diferentes locais. A duração desta etapa é de seis meses. A fase final, mais um mês, envolve o trabalho para estabelecer uma real parceria do cão-guia com a pessoa deficiente visual.
Conheça mais sobre o projeto e saiba como dar sua contribuição, clicando aqui.